quarta-feira, outubro 31, 2007

Plano urbanístico prevê duplicar Fátima nos próximos anos.

O novo plano de pormenor de Fátima prevê duplicar a habitação na cidade nos próximos anos, com a construção de mais 2.300 fogos, criando um novo planeamento com regras urbanísticas mais apertadas, disse ontem um responsável.Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) de Fátima, Francisco Vieira, explicou que o novo plano prevê mais 2.300 fogos, o equivalente a seis mil pessoas, que vem duplicar a população da cidade, somando-se a requalificação da avenida D. José Alves Correia da Silva e das ruas adjacentes, com construção de passeios, arranjos e alargamento dos pisos. Em Novembro, a SRU vai começar com trabalhos nas ruas paralelas ao Santuário mas já no próximo dia 21 o plano de pormenor deverá ficar concluído, seguindo-se depois a fase de discussão pública.Para as obras já existem financiamentos de fundos turísticos e das Estradas de Portugal, já que a avenida em causa é uma estrada nacional em processo de desclassificação.No que respeita aos terrenos que terão de ser adquiridos para os arranjos, Francisco Vieira admite a alteração das regras de ordenamento, permitindo construções maiores mas mais recuadas em relação às vias.Será nas "regras de construção" que a SRU vai "tentar negociar" cedências com os proprietários, explicou Francisco Vieira, que quer avançar no futuro também com a requalificação da aldeia de Aljustrel, das quatro entradas na cidade bem como com a construção de espaços pedonais para uma nova Via Sacra que permita percursos a pé entre o Santuário e os Valinhos."Queremos mudar a face de Fátima até 2017", data em que se comemoram os cem anos das Aparições, explicou Francisco Vieira.O objectivo é "transformar estradas em avenidas, com percursos de entrada a pé que estejam ligados ao simbolismo da peregrinação", salientou este responsável.Por seu turno, o presidente da Câmara de Ourém, David Catarino, recordou que o "miolo interior" da cidade está sujeito a uma "grande pressão urbanística", condicionando o ordenamento urbano do território. Com o novo plano, a autarquia e a SRU querem "planear o crescimento habitacional para os próximos 30 ou 40 anos", apostando na "qualificação de todo o espaço público", com amplos passeios e avenidas largas, explicou o autarca.Por outro lado, a verba (cerca de 10 milhões de euros) que o Santuário irá dar para a construção de um túnel junto à nova igreja da Santíssima Trindade será "canalizado para o pagamento das expropriações" de modo a criar uma "bolsa de equipamentos públicos" para a zona de crescimento da cidade, acrescentou David Catarino, que acredita agora no apoio da tutela a estes projectos."Acho que este Governo está já convencido da necessidade deste investimento público", afirmou.

Fonte: Jornal Construir

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E será que foram ou estão a ser pensadas as infra-estruturas necessárias a esse aumento?
Coisas do género - Escolas, Jardins de Infância, Centros de dia e Lares de terceira idade?

O "bolo" oferecido pelo Santuário vai ser canalizado para pagar as expropriações... E onde é que irão buscar dinheiro para construir o túnel?

Transformar estradas em avenidas... esta é mesmo para rir...

4:58 da manhã  

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